Garçom e Menu |
ÉPOCA ouviu três maîtres sobre a forma certa de lidar com os garçons.
- Alves Atagerdes - maître, restaurante Gero, no Rio de Janeiro, 14 anos de grupo Fasano
- Manoel Neto - sommelier/maître, restaurante Nakombi, em São Paulo, 7 anos de experiência
- Rodrigo Calvente - maître, restaurante Forneria, no Rio, 10 anos de profissão
ÉPOCA - Como chamar o garçom?
Alves - O ideal e mais usual é 'por favor' ou 'garçom'.
Alves - O ideal e mais usual é 'por favor' ou 'garçom'.
Manoel - É
bacana pedir pelo nome ou garçom mesmo.
Rodrigo -
Por garçom ou pelo nome.
ÉPOCA - Qual a forma mais educada de fazer o pedido do
prato?
Alves - Solicitar o menu. Pode pedir a sugestão do maître para uma escolha ideal.
Alves - Solicitar o menu. Pode pedir a sugestão do maître para uma escolha ideal.
Manoel - Se
o cliente não souber de antemão o que quer, explicar sucintamente os pratos.
Rodrigo -
Chamar o garçom, pedir o menu ou uma sugestão do cardápio.
internet |
Alves - Nenhum. Caso o vinho esteja alterado, é mais que normal devolver, embora seja um caso raro, porque o sommelier degusta antes.
Manoel - Há
variantes. Se o garçom/sommelier tiver indicado um determinado vinho e o
cliente não gostar, não há problema. Se a integridade do vinho estiver
comprometida, tem mesmo que ser devolvido. Porém, há caprichos de alguns
clientes, que devem ser tratados na hora. Há pessoas que devolvem vinhos sem
ter conhecimento algum.
Rodrigo - Se
o vinho estiver estragado, nenhum. Ou se não estiver de acordo com o paladar do
cliente.
ÉPOCA - E quanto a devolver comida?
Alves - Desde que o prato não esteja no padrão que a casa oferece ou não esteja conforme o pedido do cliente.
Alves - Desde que o prato não esteja no padrão que a casa oferece ou não esteja conforme o pedido do cliente.
Manoel - Se
foi oferecido um prato e o cliente não gostou, ele pode e deve ser devolvido
sem constrangimento algum. O garçom deve oferecer outra opção de maneira
polida, deixando o ambiente absolutamente tranqüilo e sem quaisquer sensações
negativas.
Rodrigo - Nenhum problema, se não estiver como o cliente esperava.
Rodrigo - Nenhum problema, se não estiver como o cliente esperava.
ÉPOCA - Como chamar a atenção do garçom que fez um
serviço ruim sem que a clientela perceba?
Alves - Normalmente chama-se o maître para fazer a reclamação.
Alves - Normalmente chama-se o maître para fazer a reclamação.
Manoel - A
melhor opção é chamar o maître. Ou, melhor ainda, o gerente para que a casa
possa melhorar seus serviços.
Rodrigo -
Chamar o maitre à mesa e expor o fato que desagradou.
ÉPOCA - Uma gorgeta faz com que o cliente seja bem
lembrado?
Alves - Claro que não. O cliente tem que ser bem tratado independentemente da gorjeta. O nosso trabalho é tratá-lo bem e temos que fazer isso com dedicação e profissionalismo. Gostar do que fazemos é indispensável.
Alves - Claro que não. O cliente tem que ser bem tratado independentemente da gorjeta. O nosso trabalho é tratá-lo bem e temos que fazer isso com dedicação e profissionalismo. Gostar do que fazemos é indispensável.
Manoel -
Sim, sem dúvida, porém não é tudo. Quando um cliente sai feliz de verdade, o
garçom se sente reconhecido e guarda isto para sempre.
Rodrigo -
Eticamente, nenhuma diferença, mas acredito que, no inconsciente, a relação
pode ficar mais próxima.
Fonte: Revista Época Online – Edição Nº 427
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