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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Quem disse que carne vermelha não é




Espumante brut, com predominância de chardonnay ficou ótimo com fraldinha, bife ancho, acém, bife de chorizo e picanha. Taí uma excelente harmonização, que eu fiz quarta-feira à noite quando fui conhecer o Orus 2010 e acabei experimentando também outro lançamento do Adolfo Lona, o Brut Branco Charmat 2009. A harmonização da carne com o espumante ou champange brut vocês já podem fazer, mas com os dois lançamentos do Lona, só daqui a 10 dias, quando os lotes com 50 garrafas cada um desembarcam nas lojas da Brilho Delicatessem (Centro Comercial Gilberto Salomão - Lago Sul. Telefone: (61) 3202-4533 begin_of_the_skype_highlighting              (61) 3202-4533      end_of_the_skype_highlighting e Feira dos Importados), aqui em Brasília. O Brut charmat vai custar R$ 33 e o Orus, R$ 120.

O Orus (foto) é um espumante rosé, nature. Isso quer dizer que não tem açúcar nenhum adicionado à bebida, só o da uva mesmo. E é o único do gênero no Brasil. A tiragem 2010 tem 612 garrafas e vem com estojo de luxo, por R$ 120 e de papelão, por R$ 90 (preços para Brasília).
O Orus é elaborado no mesmo método do Don Perignon, quando ele criou o champanhe e que é copnhecido como champenoise ou tradicional. É um espumante leve, suave, sofisticado e se equipara aos melhores champanhes franceses. Uma bebida diferenciada, feita com pinot noir (60%), chardonnay (30% e merlot (10%).
Mas eu só recomendo o Orus para quem realmente aprecia espumante. Aquela pessoa que já sabe o que vai beber num patamar mais elevado que 90% da média dos espumantes brasileiros. É o único rosé nature do Brasil. Estou falando de uma bebida que se fosse feita na França custaria uns R$ 600, R$ 700.

O branco é bem mais barato e tem como novidade uma inversão na fórmula tradicional do champanhe. O tradicional é o maior percentual de piniot noir e menos chardonnay. Para fazer o Brut Branco Charmat 2009, que ficou uma delícia, Adolfo Lona (foto) usou 60% de chardonnay e 40% de pinot noir.  
O resulado é como se você tivesse bebendo um ótimo chardonnay, só que mais gelado e com estrelinhas. O perlage desse espumante é impressionante, porque quando você vai virando a garrafa na taça, dá pra ver a efervecência da bebida, provocada pelo gás carbônico das bolhas. Se torna um espetáculo!
Muita gente reclama que ao tomar um espumante e até mesmo alguns champanhes, fica com um sabor amarguinho no final. Isso se chama retrogosto e, muitas vezes, ocorre porque o enólogo não coneguiu equilibrar o vinho base para obter a acidez correta. Essa é uma das grande diferenças do trabalho de Adolfo Lona, um argentino radicado no Brasil há mais de três décadas. O Lona só trabalha o vinho base do seu espumante um ano e meio depois que ele fica pronto. Por causa disso, consegue uma maturação superior, o que culmina no equilíbrio ímpar de acidez que ele alcança em seus produtos. É aí que está o segredo dele, que prefere fazer quantidades menores, mas seguras em qualidade, do que despejar no mercado lotes e mais lotes de espumante baseado em uva riesling itálica, super ácidos e amargos ao final. Viva o Lona!
Essa é também a diferença que o Brut Branco Charmat 2009 do Adolfo Lona tem em relação aos seus concorrentes. O vinho base descaçou desde 2007. Todos os espumantes do Lona descansam por 18 meses e o Orus, por dois anos (um maturando e o outro evelhecendo).

Esse branco charmat 2009 foi feito com chardonnay (entre 75% e 80%) e pinot noir (entre 25% e 20%). E eu experimentei com baclhau nas natas, fraldinha (foto acima) e acém de bonsmara (foto lá do alto), preparados pelo chef Francisco Ansiliero, no Don Francisco da Academia de Tênis. Desta vez, o acém foi passado na chapa. Pelo corte mais fino, se fosse levado ao baseiro, perderia o ponto da carne sangrando levemente. Veio acompanhado de farova de ovos e também harmonizado como o Espumante Nature Champenoise do Adolfo Lona, o meu preferido.
Agora, se você não conhece espumante e ficou curioso, sugiro que comece pelo brut rosé. Na minha opinião, o do Adolfo Lona é o melhor do Brasil.


fonte: @wine_vinhos no Gourmet Brasilia (blog do Rodrigo Leitao)

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