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domingo, 21 de julho de 2013

Chilena de origem francesa

Foto: Divulgação
Carménère é uma casta de uva, originalmente da região do Médoc (Bordéus, França), onde era usada para a produção de vinhos tintos intensos e ocasionalmente para mistura de modo semelhante à casta Petit Verdot. Os cachos dessa cepa possuem frutos que variam entre os tamanhos pequeno e médio e cores que tendem ao preto azulado. Na Europa, as videiras desta variedade foram dizimadas por uma praga e substituídas por outras castas mais resistentes. Atualmente, é exclusiva do Chile.




História

A casta Carménère foi uma das mais amplamente cultivadas em inícios do século XIX no Médoc e Graves [desambiguação necessária]. Na década de 1860 as videiras europeias desta variedade foram dizimadas pela filoxera, um inseto diminuto que afeta as folhas e a raiz sugando a seiva das plantas, e substituídas por outras castas menos sensíveis, como a Merlot.
Julgada extinta, foi redescoberta em 1994 no Chile por um ampelógrafo francês, chamado Jean-Michel Boursiquot, que estudando as vinhas do Chile, observou que em algumas plantações a uva Merlot demorava mais a maturar. Depois de alguns testes, ele descobriu que a antiga variedade francesa Carménère havia sido cultivada junto com pés de Merlot. Os resultados de estudos realizados concluíram que se tratava na realidade da antiga variedade de Bordeaux Carménère, cultivada inadvertidamente, misturada com pés de Merlot.

O que provavelmente aconteceu é que os colonizadores europeus, bem antes da praga, trouxeram mudas de Carménère para o Chile e plantaram a variedade, tendo esta se adaptado muito bem às condições locais.

Levada por engano aos vales vinícolas chilenos, a Carménère se adaptou ao clima agradável e aos solos férteis obtendo êxito ao ponto de ser considerada uma das uvas mais importantes do Chile por sua qualidade e sabor excepcional. É no Vale do Colchagua onde está seu maior cultivo, que se mantém restrito ao Chile devido à fragilidade da cepa, que sobrevive graças ao bom clima e solo, mas sobretudo, ao isolamento físico e geográfico criado por barreiras naturais como o Oceano Pacífico, o Deserto do Atacama, a Cordilheira dos Andes e as águas frias do provenientes do Polo Sul, que protegem essa região de pragas.


Foto: VIU CM
Então, quando abrir um Carménère lembre que além do vinho você está apreciando um pouco de história. No mínimo será uma boa curiosidade para contar aos amigos.
Características]
Os vinhos produzidos a partir da cepa Carménère possuem cor vermelha lilás, bastante profunda, aromas de frutas vermelhas, terra umidade e especiarias com notas vegetais que vão se suavizando na medida em que a uva amadurece na própria planta.



Os taninos são mais amigáveis e suaves que os do Cabernet Sauvignon. Notas vegetais tornam-no porém menos elegante que um Merlot. Faz um vinho de corpo médio, fácil de beber e que deve beber-se jovem, quando apresenta sabor persistente que tente ao gosto de framboesa madura e beterraba doce.
A uva Carménère costuma ser a tinta preferida das mulheres pela sua baixa acidez e pela leve doçura natural
Os vinhos da uva Carménère possuem ótimo equilíbrio na boca. Também são vinhos ideais para massas.


Foto: blog.naver.com


O Chile é o país que produz os melhores exemplares no mundo feitos com a uva Carménère.






Um vinho Carmenérè

www.adegadovinho.com.br
Produtor: Viu Manent
País: Chile
Região: Colchagua
Tipo: Tinto
Safra: 2011
Volume: 750 ml
Composição: 100% Carmenere
Maturação: Não ha
Temperatura de Serviço: 18ºC
Teor Alcoólico: 13.5%
Corpo: Corpo médio
Sugestão de Guarda: Não
Uva: Carménère
Estilo do vinho: Corpo Médio, Frutado, Jovem
Harmonização: Massas, Carnes Vermelhas e Queijos.
Ocasião: Para Presente, Ocasião Informal, Almoço ou Jantar e para o Frio.
Em meia garrafa: Não



FONTES: www.escrevinhos.com.br
                  www.academiadovinho.com.br
                  www.vinhosrecomendados.com.br
                  http://www.wine.com

Um comentário:

  1. Com este trabalho prazeroso em nos passar tão maravilhosas informações, deixo aqui minha emoção, em poder entrar na história tão rica em detalhes, sendo assim possível sentir o sabor empregado nas palavras. Parabéns e muito obrigada!

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