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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Turismo em Cemitérios

Você já fez, ou faria um passeio turístico num cemitério?

Pois saiba que "Turismo em Cemitérios" tem como foco a exploração do patrimônio artístico e arquitetônico, para isso, alguns até foram transformados em cemitérios-museu.
Outro motivo que move este tipo de turismo é a busca de personalidades, que mesmo depois de mortas continuam sendo veneradas (até mais do que em vida).
Para conseguir conservar os mausoléus, no caso dos cemitérios-museu, a saída encontrada foi a mercantilização do espaço, ou seja, além de alguns eventos que são realizados o visitante é obrigado a pagar uma taxa de entrada.
Os cemitérios são atração turística em diferentes cidades do mundo e jazigos de pessoas conhecidas e arte funerária são chamarizes.
Vários cemitérios espalhados pelo mundo recebem visitas não apenas de pessoas que desejam prestar homenagem a seus familiares ou amigos enterrados lá. Eles atraem também milhares de turistas curiosos em conhecer e admirar esculturas e mausoléus que são verdadeiras obras de arte.
Conheça alguns cemitérios que atraem visitantes nos EUA, Europa e América Latina.


Cemitério Nacional de Arlington (EUA).

Foto: Reuters - Barack e Michelle Obama - Cemitério de Arlington (vítimas do 11 de setembro) 
Com mais de 04 milhões de visitas ao ano, o Cemitério Nacional de Arlington é o cemitério militar mais visitado dos Estados Unidos. Além de militares que lutaram nas duas Guerras Mundiais, do Vietnã e Coreia, estão enterrados lá o presidente John F. Kennedy e seu irmão, o senador Robert Kennedy e o médico Albert Sabin.
O Cemitério Arlington também possui aplicativo para internet e celulares, onde é possível localizar túmulos célebres, ver fotos e obter informações.


Cemitério da Recoleta (Buenos Aires)

Criado em 1822, o Recoleta foi declarado Patrimônio Histórico Nacional pelas valiosas esculturas e personagens ilustres enterrados lá. No bairro de mesmo nome na capital argentina, tem 4.870 sepulcros com monumentos, vitrais e portas trabalhadas artisticamente. Uma das esculturas mais valiosas é um Cristo, disposto no altar de uma capela, feito pelo escultor italiano Giulio Monteverde.
Personalidades argentinas enterradas lá, a ex-primeira-dama Eva Perón, os escritores Adolfo Bioy Casares e José Hernández, o prêmio Nobel da Paz Carlos Saavedra Lamas, e presidentes. O local oferece visitas guiadas, inclusive para cegos.

Père Lachaise (Paris).


FOTO: http://acritica.uol.com.br/
Fãs prestam homenagem, junto ao túmulo do cantor Jim Morrison,
no cemitério Père Lachaise, em Paris
O maior cemitério de Paris é também um dos mais famosos do mundo. A lista de túmulos de personalidades mundialmente conhecidas por lá é extensa, algumas sepultadas originalmente, outras transferidas tempo depois.
Entre elas, os escritores Honoré de Balzac, La Fontaine e Marcel Proust, a cantora Édith Piaf, o compositor Frédéric Chopin e o dramaturgo Jean Baptiste Molière. O Père Lachaise foi inaugurado em 1804, o nome é uma homenagem a François d´Aix de la Chaise, conhecido como Père de la Chaise (padre La Chaise), confessor do rei Luís XVI.


O Turismo em Israel.

Israel tem o turismo como uma das principais fontes de renda nacional. O ano de 2010 registrou 3,45 milhões de desembarques turísticos. Israel oferece ao viajante uma infinidade de locais históricos e religiosos, resorts, sítios arqueológicos, museus, salas de concerto, manifestações folclóricas e ecoturismo e também o turismo de cemitério onde o Túmulo de Absalão, num antigo cemitério judaico de dois mil anos. Vários locais em Jerusalém são apontados como o Túmulo de Jesus Cristo. O Estado Judeu possui o maior número de museus per capita do mundo. Dentre todos os locais de interesse turístico em Israel, o mais popular é a Colina de Massada, e a cidade mais visitada é Jerusalém. A maioria dos turistas que visitam Israel vêm dos Estados Unidos, Rússia, Alemanha, França e Reino Unido.


Antigo Cemitério Judeu (Praga).

O Antigo Cemitério Judeu de Praga foi estabelecido na primeira metade do século 15. Junto com a Sinagoga Velha Nova, é uma das principais atrações. O primeiro túmulo, do poeta Avigdor Karo, data de 1439. Atualmente, são 12 mil sepulturas visíveis, mas calcula-se haver muito mais. Há várias personalidades enterradas lá, como Judah Loew ben Bezalel, conhecido como Rabino Loew, Mordechai Maisel, prefeito da antiga cidade judaica, e o matemático, astrônomo e historiador renascentista David Gans.


Cemitério da Consolação (São Paulo).

O cemitério mais antigo de São Paulo fundado em 1858 com mais de 300 obras de artistas renomados, o “Grande Anjo", de Vitor Brecheret, “Prece”, de Bruno Giorgi, “Anjo da Guarda”, de Enrico Bianchi e “Pietá”, de Eugênio Prati. Nos seus 76 mil m² estão sepultados intelectuais, poetas e homens públicos que deixaram sua marca na história do país. Entre eles, os ex-presidentes Washington Luís e Campos Sales, a artista Tarsila do Amaral, o médico Emílio Ribas e o jornalista e político Líbero Badaró.
Também geram interesse imponentes mausoléus, como da família Matarazzo, o maior da América Latina (com 25 metros de altura), obra de Luigi Brizzolara.
Depois do Cemitério da Consolação em 1858, encerrou-se em São Paulo a prática de sepultar as pessoas nas criptas das igrejas, criticada por razões sanitárias desde 1820. A secularização do sepultamento também representou o fim do hábito de marcar a posição social dos defuntos por meio de sua localização no interior das igrejas, mais ou menos próxima do altar. O Cemitério Municipal passou a atender a todos, de escravos a fazendeiros. Surge ai o hábito, entre a elite paulistana, de homenagear amigos e familiares falecidos com obras tumulares monumentais, à altura de sua importância social, como forma de perpetuar após a morte a posição social adquirida em vida.


Cemitério São Paulo.

Entre o fim do século XIX e o começo do século XX, a prosperidade advinda do plantio do café e da industrialização ocasionou mudanças no perfil sócio econômico da cidade. A criação de novos cemitérios, como os do Araçá (1887), Quarta Parada (1893) e Chora Menino (1897) – permitiu a “estratificação social” da atividade funerária. Cercados por bairros nobres, os cemitérios da Consolação e do Araçá passaram por um processo de elitização, consolidado nas duas primeiras décadas do século XX. Converteram-se em museus a céu aberto, abrigando um grande número de jazigos luxuosos e monumentos funerários encomendados por barões do café, industriais, intelectuais, médicos, juristas e pessoas públicas a escultores de renome.
Desde sua fundação, o Cemitério São Paulo contabiliza mais de 140 mil sepultamentos. Dentre personalidades enterradas, encontram-se políticos como Pedro de Toledo, Auro de Moura Andrade e Prestes Maia; os escritores Menotti Del Picchia, Paulo Duarte; os artistas Victor Brecheret, Aldo Bonadei e Nicola Rollo; os empresários José Ermírio de Moraes, Nicolau Scarpa e o publicitário João Dória.
Em 1950, o sepultamento de Maria Izilda de Castro Ribeiro, a “Menina Izildinha”, no Cemitério São Paulo marcou o local como ponto de peregrinação. Os restos mortais da Menina Izildinha foram transferidos para Monte Alto, no interior paulista, em 1958.


Cemitério de Santo Amaro (Recife).

O Cemitério Senhor do Bom Jesus da Rendenção, mais conhecido como Cemitério de Santo Amaro, é o maior cemitério do Recife com mais de 18 mil túmulos.
Projetado pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira, iniciado no governo de Francisco do Rego Barros, O Conde da Boa Vista, foi inaugurado em 1º de março de 1851, destinado inicialmente, ao sepultamento de pessoas vitimadas do surto da febre amarela, que não podiam ser sepultadas em igrejas, como era de costume da época.
Com arquitetura radial e túmulos distribuídos ao longo de ruas que partem de um ponto central, é a maior exposição de arte ao ar livre de Pernambuco, com centenas de mausoléus de grande porte.

Foto: Garçom e Menu (mausoléu de Agamenon Magalhães cemitério de santo amaro Recife).
Vários mausoléus se destacam no Cemitério de Santo Amaro:
Agamenon Magalhães; Conde da Boa Vista; Francisco de Assis França (Chico Science);
Gregório Junior; Joaquim Nabuco; Maciel Pinheiro e Manoel Borba.
Além dos mausoléus que se destacam, há no cemitério sepulturas simples como:
Demócrito de Souza Filho, estudante pernambucano morto em praça pública por forças do governo no movimento revolucionário de 1945.
Joaquim Inácio de Almeida Amazonas, primeiro reitor da Universidade Federal de Pernambuco.
Maria Júlia do Nascimento, Dona Santa, rainha do Maracatu Nação Elefante.
Miguel Arraes, Governador de Pernambuco e avô de Eduardo Campos, atual governador do estado.
Joel Carlson, Missionário e fundador da Igreja Assembleia de Deus no estado de Pernambuco.

Os dois túmulos mais visitados no cemitério de Santo Amaro por pessoas à procura de bênçãos. O primeiro é o do garoto de 11 anos que morreu em 1959, “Alfredinho” e que passou a ser cultuado como santo pela população. O segundo é o da “Menina Sem Nome” que foi encontrada morta no bairro do Pina em 1970 e nunca foi identificada. Nestes túmulos são oferecidas promessas à eles e muitos acreditam alcançar milagres.


A Arte tumular.

*Galileo Emendabili: Túmulo da família Forte ("túmulo do pão").
Entre as décadas do século XIX e do século XX, encomendas geradas no âmbito da arte tumular constituíram-se em um dos maiores mercados consumidores de esculturas no país. No Cemitério São Paulo, há 180 obras consideradas de valor artístico. Muitas obras tumulares chamam atenção pelas características ousadas para a circunstância e a época, tomando o nu, a sensualidade e os símbolos pagãos como temas.
De Alfredo Oliani, destaca-se o Último Adeus, considerada uma das obras mais instigantes da arte tumular. A obra foi encomendada por Maria Cantarella, por ocasião da morte do marido, Antônio. Representa um homem no vigor da idade inclinando-se sobre a esposa morta, em um apaixonado beijo de despedida.
Outra obra emblemática é o Túmulo da família Forte de Galileo Emendabili, apelidado de Túmulo do pão. É um conjunto em bronze, representando uma mesa com um pão à qual se sentam o viúvo e o filho.
Victor Brecheret, sepultado no mesmo cemitério, é autor dos dois anjos de bronze em posição de reza, tendo ao centro uma cruz, no túmulo da família Scurracchio.


FONTES: Wikipédia
  Fundaj – Fundação Joaquim Nabuco.
  Arquivo Público de Pernambuco.
  FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife. Recife: Governo do Estado de  Pernambuco/Secretaria de Educação e Cultura, 1977.

Um comentário:

  1. Muito interessante!! Eu, particularmente, não estaria em meu roteiro visitar cemitérios...mas minhas filhas, sim! Segundo elas iriam visitar túmulos de artistas famosos e ainda tirariam fotos!! Nossa...para mim...macabro! rsrsrsrsr... cada um com seu gosto e loucura...rsrsrsr...

    vanessa cristina

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